Em uma tribo indígena, vivia uma mulher chamada Iaçá, a filha do cacique. Naquela época, houve grande escassez de alimentos. Por causa disso, o cacique decidiu proibir novos nascimentos. Toda criança nascida na tribo seria morta. Ironicamente, Iaçá engravidou. Quando o bebê nasceu, o cacique não voltou atrás em sua decisão. Suas ordens foram cumpridas. A criança foi enterrada perto da tribo. Por dias e noites, Iaçá chorou a perda do filho. Inconformada, um dia saiu para visitar o local onde a criança fora enterrada e lá encontrou uma linda palmeira crescendo. Desde então, Iaçá visitava a palmeira todos os dias.

Quando a palmeira já estava grande, ela ouviu o choro de seu filho vindo do local em que a planta crescia. Aquilo assustou muito Iaçá, que correu até a palmeira e a abraçou.

No dia seguinte, a mulher foi encontrada morta, abraçada ao tronco. Quando foi informado do ocorrido, o cacique se dirigiu ao local.

Ao chegar lá, presenciou a trágica cena e notou a presença de cachos de umas frutinhas cor de vinho no alto da palmeira.O cacique ordenou que os cachos fossem apanhados. Das frutinhas, foi extraído um vinho que serviu de alimento para toda a tribo. Em homenagem à sua filha, ele chamou a palmeira de açaí, que é o contrário de Iaçá.

A proibição de novos nascimentos foi revogada, pois a partir daquele momento, o açaí bastava para alimentar a todos.